10 novembro, 2013

MANUAL DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS-RESENHA

 Karl; Imhoffr. ,Klaus – Manual de Tratamento de Águas Residuárias: Cap.1. Generalidades sobre o tratamento das águas residuárias/ 1.1 Noções do problema, pag.01, 1.2. Depuração dos esgotos, pag.03, 1.3 Processo de tratamento de esgotos e sua eficiência, pag. 06– 26ª Edição – Editora Edgard Blucher LTDA – São Paulo- SP – Brasil


        Este livro é a tradução da 26ª edição (1985) do universalmente conhecido manual de Karl Imhoff, atualmente sob os cuidados de seu filho, o Prof. Klaus-Robert Imhoff. Em comparação com as edições anteriores, são introduzidas inúmeras revisões, que tornam o manual uma das obras mais completas e mais atualizadas à disposição de profissionais ligados ao ensino, projeto e operação de obras de tratamento de águas residuárias domésticas e industriais. Além da parte relativa ao tratamento de despejos, o manual contém dois capítulos, respectivamente, sobre controle da poluição e autodepuração dos cursos de águas, incluindo, entre outros, o modelo de Vollenweider de eutrofização de lagos e represas. Sobre todos os assuntos são dados numerosos exemplos de aplicação, além de mais de 1300 referências bibliográficas para uso de quem quiser aprofundar-se em algum dos assuntos.

         Em Tratamentos sobre águas residuárias no capítulo 1, subitem 1.1 Noções sobre o Problema, nos fala a respeito das águas que saem das residências e indústrias, na forma de esgoto onde acabam sendo lançados nos rios, às vezes sem o tratamento adequado, ocasionando inconvenientes, como mal cheiro, aparecimento de odores desagradáveis em águas potáveis e morte dos peixes. A falta desse tratamento pode levar à doenças como a cólera, a febre tifoide, a disenteria, e a hepatite infecciosa, entre outras. A água contaminada pode se tornar imprópria para o consumo, agricultura e até mesmo para a indústria.

        Em depuração dos esgotos no capítulo 1 subitem 1.2, é mencionado os processos envolvidos, como: processos físicos, onde alcançam apenas as substâncias que não se encontram dissolvidas, portanto o material em suspensão, sólido ou líquido. Processos químicos onde as substâncias encontradas nos esgotos, não são combinações perfeitamente definidas sob o ponto de vista químico, mas resíduos complexos do metabolismo animal e vegetal, entre essas substâncias devem ser citadas especialmente a ureia e a albumina, que além do carbono, contém também nitrogênio e enxofre. A decomposição desse enxofre resulta em ácido sulfídrico, um gás de odor muito desagradável. Processos biológicos ou bioquímicos, nesse caso o tratamento biológico se compõem quase que exclusivamente de processos aeróbios (com a presença de oxigênio), a maioria dos fenômenos de limpeza dos esgotos está ligada às atividades de organismos vivos. No capítulo 1 subitem 1.3 Processos de tratamento de esgotos e sua eficiência nos informam a respeito dos dispositivos utilizados para a remoção das impurezas como: para sólidos grosseiros em suspensão: crivos e grades; para sólidos grosseiros: caixa de areia; para óleos e substâncias flutuantes análogas: tanques retentores de gordura, tanques de flotação e decantadores com removedores de escuma; para material miúdo em suspensão: decantadores, tanques de flotação, tanques de precipitação química, filtro de precipitação química, filtros de areia, micro peneiras; para substâncias orgânicas dissolvidas, parcialmente dissolvidas e finalmente divididas, as estações biológicas, a saber: irrigação de grandes superfícies, campos de infiltração sem finalidade agrícola, campos de infiltração com finalidade agrícola, filtros biológicos, leitos de contato, lagoas de estabilização, lodos ativados, tanques sépticos; para o controle de epidemias e combate ao mau cheiro: cloro e outros reagentes químicos e, em escala restrita, as instalações biológica; para a remoção de nutrientes: tratamento terciário.
        Vemos a importância de cada etapa de tratamento da água antes de chegar às nossas residências, se a água não passar por tratamentos adequados ela pode ocasionar doenças, pois sabemos que em muitos lugares do Brasil onde não ocorre esse tratamento as pessoas adoecem principalmente as crianças. O ideal é que todos possam usufruir das águas devidamente tratadas, não só uma parte da população e sim o restante que na realidade são as pessoas de baixa renda que acabam sofrendo com isso.
        Pelo que foi visto a água chega à estação de tratamento com os resíduos, sejam eles sólidos, químicos entre outros, para passar por todas as etapas de tratamento ao chegar às redes de tratamento de água, os tratamentos principalmente de resíduos sólidos poderiam ocorrer antes de chegar às estações, a população também pode ajudar descartando corretamente o seu lixo, as indústrias poderiam fazer um pré-tratamento dessa água que contém substâncias químicas, antes de lançá-las aos rios.
        O que podemos observar é que, muitas vezes as literaturas que tratam de assuntos referentes a poluição, suas causas e efeitos, bem como a maneira de reverter essas degradação e preservar os mananciais, utilizam uma linguagem extremamente técnicas, e para compreender esse processos é preciso conhecer a profundamente a respeito, o que muitas vezes pode se tornar um problema visto que seria de grande importância uma linguagem mais popular para atingir todas as camadas sociais e intelectuais. Um exemplo de linguagem mais popular utilizada está no vídeo caseiro que o grupo realizou no Residencial Vila Verde, apresentado pelo Técnico em química Sr. Alexandre Ap. dos Santos - Supervisor da Estação de tratamento de água, apresenta dos processos de captação, tratamento e abastecimento da rede água do residencial.
        É preciso que a população acorde e compreenda realmente qual a importância da água no nosso planeta. E que não basta somente dizer “Cuide da água" e sim saber que antes de chegar à sua torneira essa água estava em péssimas condições devido à poluição aplicada pela própria população e que esse benefício tão essencial para vida no Planeta Terra não é ilimitado. A água consumida é proveniente de rios, lagos e do subsolo, mas ninguém pode garantir que estes vão existir para sempre. Quando a água perde todo seu oxigênio, ela perde também sua utilidade, ou seja, se a população continuar a poluir a água de uma forma que essa consiga ter a extinção do seu oxigênio, não terá utilidade e, portanto não será consumida acarretando na morte dos seres vivos. A preservação da água depende de todos. Os desperdícios e a poluição decorrentes da falta de conscientização devem parar, pois onde será encontrada a água para ser tratada no futuro se essa não for preservada e pronta para receber esse tratamento, mas para que isso seja possível é preciso desenvolver um manual sobre o assunto que atinja as massas e quem sabe dessa forma possamos fortalecer essa bandeira da preservação dos mananciais e implantar na cabeça das pessoas a educação ambiental genuína, para que essa fonte esgotável de água consiga se refazer e juntamente com essa restauração ambiental, recebamos não só o beneficio já recebido da agua mas também da saúde populacional.


08 novembro, 2013

Estação de captação e tratamento de Água Condomínio Vila Verde em Itapevi-SP

         Em visita a estação de captação e tratamento de água do Residencial Vila Verde e aprendemos muito a respeito desses processos essenciais para o abastecimento de água potável à população, buscando alternativas com consciência ambiental, para regiões onde a rede de abastecimento de água e esgoto da Sabesp não chega, utilizando os recursos hídricos fornecidos pelo afluente do rio Sapiantã em Itapevi-SP.


 

           Fomos acompanhados pelo Supervisor de manutenção da Estação de Tratamento de Água Sr. Alexandre Apº dos Santos, Técnico Químico - CRQ IV Nº 04404716,19 anos de experiência na área e um dos principais responsáveis pelo projeto que deu certo e desde 2003 ano em que foi construída a estação, trouxe conforto e alívio para os moradores do Residencial Vila Verde.


                                         Alexandre Aparecido dos Santos CRQ IV Nº 04404716
                                      Técnico em Solução Alternativa de Abastecimento de Água para Consumo Humano



               
 Conheça um pouco mais sobre o rio Sapiantã.


       
       Cada morador é responsável pelo tratamento do  esgoto por ele produzido, o sistema utilizado é  o de fossa séptica+filtro anaeróbico.




 
       Em entrevista concedida pelo Srº Alexandre no dia 08 de novembro de 2013 no Residencial Vila Verde onde ele exerce já há 19 anos essa função de supervisionar a manutenção da estação de captação e tratamento de água. Pudemos reforçar ainda mais a importância desses processos para a captação desse bem precioso que é a água, com saúde e comodidade a população sem colocar em risco nossos mananciais nem degradar o meio ambiente:

 
(poluicaodasaguasbio.blogspot) Qual a importância do tratamento da água?

(Alexandre) - O tratamento da água remota há 2.000 mil anos A.C., ocorria devido à aglomeração das pessoas em vilarejos sendo necessário oferecer água em condições para o consumo humano, esse procedimento trazia benefício no controle de doenças de veiculação hídrica que se agrava em locais onde não há saneamento básico. Portanto, o tratamento da água para consumo humano atualmente é de suma importância para a sobrevivência do homem na terra, pela contaminação dos mananciais pelo próprio homem e devido a escassez de locais preservados para se realizar a captação de água em condições para o consumo.



(poluicaodasaguasbio.blogspot) Quais são as etapas e como é feito o tratamento da água antes de ser distribuída?

(Alexandre): -O tratamento da água se inicia na escolha do manancial, pois e ele que determinará o tipo de tratamento o qual será aplicado para se atingir a potabilidade e passa pelos seguintes procedimentos:

- Captação: onde a água é coletada e conduzida para a estação de tratamento de água;

- Gradeamento: Em se tratando de água superficial esse procedimento realiza a retenção de materiais flutuantes de pequeno, médio e grande porte, tem como finalidade proteger as instalações da estação;

- Caixa de areia: Tem como finalidade reter materiais particulados grossos, como areia, entre outros que venham a ser transportados pela velocidade de entrada da água na estação, protegendo os equipamentos da ação abrasiva desses materiais quando em contato com os mesmos;

- Aerador: Tem a função de realizar a oxidação de matéria orgânica e ferro presentes nas águas superficiais, promovendo o contato mais próximo da água com o oxigênio, desta forma propiciará a redução desses componentes auxiliando nos processos posteriores;

- Misturador hidráulico: É onde são adicionados os produtos químicos: Sulfato de alumínio - responsável pela coagulação das partículas de sujeira existentes na água; Carbonato de Sódio (barrilha leve) - responsável por manter a alcalinidade da água e sustentação do pH, de forma a mantê-lo dentro da faixa ideal de coagulação/floculação; Polieletrólito: É um polímero utilizado para agregar peso aos flocos em formação, acelerando o processo de decantação; Hipoclorito de Sódio: Com 10 a 13% de cloro ativo esse produto é utilizado em pequenas estações pela segurança que traz aos operadores, promove a desinfecção da água, eliminando bactérias e mantendo a água em condições seguras para o consumo humano, também pode ser utilizada na entrada da estação para acelerar o processo de oxidação de matéria orgânica;

- Floculador: Equipamento que promove na água o choque entre as partículas de flocos em formação, esse processo é necessário para que os flocos aumentem de tamanho onde serão conduzidos para o decantador;

- Decantador: Local onde os flocos formados continuam em movimento, porém em velocidade menor, de forma que os flocos formados não sejam desmanchados, no decantador irão aumentar o peso e ocorrerá a sedimentação fazendo com que a água clarificada esteja na superfície e a sujeira aglomerada permaneça no fundo do decantador para descarte;

- Filtração: Composto por filtro de dupla camada, areia e antracito, a água é lançada na superfície e deverá percolar através do material filtrante, onde serão retidos os flocos, não foram retidos no decantador, o filtro também tem a função de reter protozoários, que devido a sua estrutura muitas vezes não são eliminados no processo de cloração, assim a filtração tem a função de polimento da água, sendo na saída do filtro desinfetada pela ação do cloro e conduzida para os reservatórios de distribuição.

(poluicaodasaguasbio.blogspot) - Como é feito o controle por agentes químicos e biológicos e qual a finalidade desses procedimentos?

(Alexandre) -Em função dos produtos químicos adicionados à água é necessários realizar o controle para que não ultrapasse os tolerados pela legislação vigente, então são monitorados os parâmetros de alumínio; PH; Cor verdadeira; Turbidez; Cloro Residual Livre (C.R.L.); Ferro; Temperatura entre outros contidos na portaria 2914/11 do Ministério da Saúde, órgão que controla as águas para consumo humano.

(poluicaodasaguasbio.blogspot) - Como é avaliada a qualidade da água e que é responsável por essa avaliação?

(Alexandre) - Através de análises laboratoriais, obedecendo ao que determina da legislação vigente, portaria MS 2914/11.

      A responsabilidade do sistema de tratamento cabe a um profissional da área química, biológica ou saneamento que irão determinar a quantidade de produtos a ser utilizado no tratamento da água. Com referência as análises laboratoriais, essas são realizadas, parte na própria estação de tratamento, o que chamamos de controle de qualidade e os demais parâmetros que exijam equipamentos e locais apropriados são realizados por laboratório externo, que realizam semanalmente a coleta de amostra de água em todos os pontos do sistema de abastecimento e emitem um laudo de qualidade da água os quais são encaminhados mensalmente à vigilância sanitária municipal, responsável pela fiscalização das águas para consumo humano.

(poluicaodasaguasbio.blogspot) - Qual o volume de água que passa pela rede de tratamento de água e quantas pessoas são beneficiadas após esse tratamento?

(Alexandre) - O volume tratado diariamente pelo sistema de tratamento está em torno de 600.000 litros e beneficia diariamente 2500 moradores e pelo menos 1500 prestadores de serviço.
 
(poluicaodasaguasbio.blogspot) - Porque a iniciativa de construir uma estação de tratamento de água própria?

(Alexandre) - O local onde está localizado o residencial não é atendido pela concessionária de serviço público - SABESP, assim para se ter condições de moradia e desenvolvimento aos moradores foi necessário o investimento em um sistema próprio de tratamento e abastecimento.

 (poluicaodasaguasbio.blogspot) - Quais seriam as consequências se não houvesse esse processo?

(Alexandre) -Certamente os moradores do residencial teriam que encontrar outras formas de abastecimento individual, não tendo a mesma qualidade de vida e vendo seus imóveis desvalorizarem consideravelmente.

(poluicaodasaguasbio.blogspot) - Além do benefício ambiental existe mais algum outro benefício em realizar esse processo de tratamento de água próprio?

(Alexandre) - Manter um sistema próprio de abastecimento traz um alto custo aos moradores e usuários do sistema, pois envolve uma grande tarefa e despende de diversos recursos financeiros para se atender as legislações, porém o retorno se dá em valorização imobiliária, em fim manter um sistema próprio de abastecimento não traz muitos benefícios em comparação a locais abastecidos pela Companhia de Abastecimento de Água - SABESP, porém é um mal necessário, visto não haver outra forma de abastecimento no local.




04 novembro, 2013

Poluição Das Águas: Como ela ocorre?

     "Hoje em dia, o ser humano apenas tem ante si três grandes problemas que foram ironicamente provocados por ele próprio: a super povoação, o desaparecimento dos recursos naturais e a destruição do meio ambiente. Triunfar sobre estes problemas, vistos sermos nós a sua causa, deveria ser a nossa mais profunda motivação."Jacques Yves Cousteau (1910-1997).





       Todos nós deveríamos obrigatoriamente conhecer um pouco mais sobre biologia, “o estudo da vida”, para podermos compreender o nível do impacto da poluição de uma forma geral. Pretendemos abordar aqui as principais causas e efeitos da poluição das águas especificamente e, como podemos contribuir para reverter esse quadro preocupante em nosso planeta. 

 
 Então vamos compreender melhor sobre o que causa a poluição nas águas?

 
 
                                       http://poluicaoeconsequencias.blogspot.com.br/


             Os impactos dessa poluição no meio ambiente e na vida do homens são de consequências gigantescas.

 

     "A questão da disponibilidade de água de qualidade é muito séria já que, basicamente, todos os organismos vivos são dependentes da água, mesmo que de forma indireta. Assim, o desperdício é apenas um dos fatores que fazem com que esta temática seja motivo de preocupação no que se diz respeito à manutenção da vida, a médio e longo prazo." 

Citação http://www.brasilescola.com/biologia/poluicao-aguas.htm  acessado em 17/10/2013 as 22:30h

       Falarmos sobre proteção ao meio ambiente pode soar muitas vezes como algo muito distante de cada um de nós, mas na verdade está totalmente ligado a nossa existência, sem meio ambiente saudável não há vida saudável.

Poluição das águas em charges


            Abaixo charges sobre a poluição das Águas - Vamos refletir e agir a respeito!
















                 As charges foram extraída da busca por imagens através do Google







O Impacto no Meio Ambiente e na Vida

      Certamente em algum lugar ou momento de nossas vidas já ouvimos a expressão, "A Amazônia é o pulmão do planeta terra", será mesmo? Você sabia que a Floresta Amazônica consome todo oxigênio que produz para se manter viva? Pois é, então quem é responsável por esse milagre da natureza que nos mantém vivos, e o que isso tem a ver com a poluição das águas?

        Você conhece esse personagem?


        O Siri Cascudo fica caótico quando o malvado Plankton tenta roubar os segredos do Siriguejo para o seu próprio restaurante, o Balde de Lixo. Felizmente o plano falha, aliás sempre falha.


         " Pois é  o micro vilão do desenho animado "Bob Esponja", e na vida real ele  um dos maiores responsáveis pela produção de mais da metade do oxigênio na Atmosfera Terrestre. "Ele esta na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, já que serve de alimento para organismos maiores. Dessa forma devemos muito a esses seres microscópicos, não é mesmo?"




             Mas para você ficar mais a vontade vamos trabalhar com essa imagem conhecida,





            Esta imagem foi feita de fora de um satélite e mostra uma grande mancha verde turquesa, o momento de florescimento dos fitoplânctons.




 
               "Os mares e oceanos, devido ao aquecimento global, estão tendo as camadas superficiais aquecidas e este aumento de temperatura superficial aumenta o volume das moléculas d’água com a consequente diminuição da densidade das mesmas. Por isso, apesar do movimento natural das ondas e das marés, não há uma renovação, uma mistura das águas, a superfície não se renova de forma suficiente para arrastar as partículas salinas nutritivas do fundo dos mares e oceanos para a superfície até os fitoplânctons e estes, devido a esse fenômeno, começam a se extinguir por falta de nutrientes minerais." 
Se os fitoplânctons morrem, liberam por ação anaeróbia o metano que é vinte e uma vezes mais poluente que o gás carbônico. O metano é um gás leve, procura as camadas mais altas da atmosfera chegando até as camadas de ozônio com o qual reage - quanto maior a quantidade de metano, menor e mais rarefeita será a camada de ozônio, nosso escudo protetor ante raios ultra violetas.

          Os raios ultra violetas, além de provocarem o câncer de pele, têm a capacidade de destruir os micro organismos, entre eles os fitoplânctons." citação: Por Antonio Germano Gomes Pinto

            Será que estaremos chegando ao final dos tempos?

http://ambientes.ambientebrasil.com.br/mudancas_climaticas/artigos/os_fitoplanctons_e_o_efeito_estufa.html



              Porém como já é sabido tudo em excesso é prejudicial a saúde e o fitoplâncton pode ser também um vilão microscópico que causa problemas de uma proporção gigantesca a saúde do homem e das águas. Quando há excesso de nutrientes presente nas águas e temperatura favorável ele desenvolve demais, elevando o florescimento desses organismos, esse processo é conhecido por Eutrofização."


           Mas talvez você conheça melhor por aquele cheirinho desengradável que sentimos ao passar pelos grandes rios de São Paulo como o Tietê e Pinheiros




               Dá uma olhadinha nesta matéria publicada no Jornal da Imprensa Online realiza por 09/03/2010 - Ana Carolina Athanásio. 
             "Excesso de fósforo presente nos esgotos e fertilizantes causa a eutrofização das águas. As particularidades do rio Tietê, como as diversas formas de uso e ocupação da bacia, elevada extensão territorial, presença de reservatórios e a variação da qualidade da água durante seu percurso foram ponto de partida para que a pesquisadora Claudia Maria Gomes de Quevedo iniciasse um estudo de caso relacionando as atividades humanas e a dinâmica do fósforo."




              "Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros organismos internacionais demonstram que cerca de 3 bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias. Um milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses graves problemas, espalham-se diversas doenças como diarreia, esquistossomose, hepatite e febre tifoide, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de saúde destes países."
Fonte : http://www.suapesquisa.com/poluicaodaagua/ acessado em 17/10/2013 


Argumento Baseado no Consenso;


           A matéria apresentada aqui seria por si um argumento forte o suficiente para nos convencer dos efeitos nocivos a vida do homem e do planeta causado pela poluição neste acaso específico da poluição das águas.
          Mas se pensamos que isso não importa desde que egoisticamente tenhamos águas fresca para matarmos nossa sede e em abundância nas torneiras e chuveiros para tomarmos banhos de meio hora, estamos redondamente enganados, pois que planeta pretendemos deixar de herança para nossos filhos e netos desfrutarem no futuro? Será que isso não importa?
          O planeta está em agonia, pois, ele por si só não pode reagir, ressuscitar assim como na sua destruição ele depende exclusivamente da ação do homem quer seja para ser destruído ou para ser recuperado e preservado.
          O meio ambiente nos oferta maravilhas que nos trazem vida, saúde, bem estar e esta fonte ao contrário do que muitos pensam não é uma fonte inesgotável de recursos.
          Estamos todos no mesmo barco e é preciso entender que a natureza busca um equilíbrio para renovar suas fontes naturais e assim atender as necessidades da humanidade, mas está nas nossas mãos mudar o rumo desta historia.


Visite também os sites para maiores informações;


É.. parece que tudo é verdade.
 
 

 

O Rio Tietê

          Um dos maiores exemplos de águas poluídas é o Rio Tietê que nasce nas encostas da Serra do Mar em Salesópolis e corre por 73 municípios paulistas.
          O rio foi determinante na fundação da maior cidade do hemisfério sul e na ocupação do território ao seu redor nas últimas décadas o desenvolvimento se estendeu do alto ao baixo Tietê.
          O IDH na sua bacia é 14% maior do que a média do Brasil. Porque a esperança de vida ao nascer é também mais alta: 75,3 anos. É bem diferente de 100 anos atrás, quando as margens e várzeas do Tietê eram evitadas pela população temerosa das enchentes e de doenças como a malária.
         O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro ao rio. A qualidade de suas águas, cristalinas em Salesópolis, torna-se apenas "boa" em Biritiba-Mirim, "razoável" em Mogi das Cruzes e "ruim" em Itaquaquecetuba, na confluência com o Rio Aricanduva, já em São Paulo, fica "péssima", e segue assim por mais 200 quilômetros, até o desemboque do Sorocaba, em Laranjal Paulista. A seguir vêm mais 130 quilômetros de água ruim. Ela só volta a ficar boa em Barra Bonita.
        A degradação se deve ao despejo de efluentes industriais e de 595 bilhões de litros de esgoto doméstico não tratado todo ano no rio - 40% do total do Brasil. Só a capital é responsável por jogar 750 milhões de litros de esgoto em estado puro no Tietê diariamente, apesar disso, na maior parte de seu curso, o Tietê tem águas de boa qualidade. Em Araçatuba, ela vai parar nas torneiras. Em Penápolis, abriga clubes de pesca de pacus e tucunarés.
       Com pouca ajuda, o rio mais poluído do Brasil se recupera e termina tão limpo quanto começou.

Para saberem mais acessem:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,rio-mais-poluido-do-pais-tiete-e-tambem-o-mais-rico-e-populoso-,1077411,0.htm

              Abaixo temos uma matéria bem legal sobre todo o trajeto Rio Tiete! 




             Rio Tietê: especialistas indicam o que deveria ser feito para salvá-lo
             Só a atual tentativa de recuperação do principal rio paulistano custou 3 bilhões de reais. Mas os resultados ainda estão longe dos desejados

          Para quem tem menos de 60 anos, o trecho do Tietê que corta a capital sempre foi sinônimo de águas escuras, poluídas e sem vida. Até a década de 40, no entanto, o principal rio da cidade era considerado a praia dos paulistanos. O carioca João Havelange, que muito antes de presidir a Fifa ganhou fama como nadador e jogador de polo, lembra-se dessa época com detalhes. ‘Podíamos beber a água do rio sem receio nenhum’, conta ele. Primeiro como atleta do Fluminense e depois defendendo o Clube Esperia, ele disputou a travessia de São Paulo a nado cinco vezes, de 1935 a 1943. Realizada entre as pontes das Bandeiras e da Vila Maria, a prova de 5,5 quilômetros atraía 6 000 competidores, em média. O futuro mandachuva do futebol internacional levou a melhor em três edições. Mas, depois de disputar a última, Havelange amanheceu com febre alta. Diagnóstico: tifo negro, uma grave doença da qual só se livrou após passar quatro meses acamado. Sobre o rio no qual contraiu a moléstia que quase lhe tirou a vida, Havelange diz, aos 93 anos: ‘Eu me lembro até hoje da emoção que senti ao nadar em suas águas. Meu grande sonho é chegar aos 100 anos para assistir aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016. Também gostaria de estar vivo para ver o Tietê limpo novamente’.
          A despoluição de um dos mais maltratados cartões-postais de São Paulo - que nasce em Salesópolis, a 110 quilômetros da capital, e corre para o Rio Paraná, na divisa com Mato Grosso do Sul - é um sonho antigo. Foi prometida por diversos governos. Criado pelos militares na década de 70, o plano de saneamento para a Grande São Paulo (Sanegran) previa a coleta e o tratamento de todos os dejetos que eram lançados em suas águas. Nos anos 80, a convite do prefeito Jânio Quadros, o arquiteto Oscar Niemeyer elaborou um projeto que incluía, além da faxina do Tietê, a criação de um parque de 18 quilômetros quadrados ao longo de uma das margens, entre a Lapa e o Tatuapé - a pista no sentido Ayrton Senna seria reconstruída a 1,5 quilômetro do rio. Em 2003, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha anunciou outra proposta para mudar a cara do Tietê: a construção de diversas passarelas, raias para esportes aquáticos e píeres para transporte fluvial.
           Elaborada pela Sabesp, a atual estratégia de limpeza do Tietê, que já afundou 3 bilhões de reais em suas águas fétidas, começou em 1992, graças a um abaixoassinado de 1,2 milhão de pessoas capitaneado pela Rádio Eldorado e pela ONG SOS Mata Atlântica. Orçada em 2 bilhões de reais, a terceira e atual fase do plano está prometida para terminar em 2015. Consiste em ampliar o tratamento do esgoto na região metropolitana. Explica-se: toda a sujeira que é lançada nos córregos e rios da cidade e de municípios vizinhos vai parar em algum momento no Tietê. É por isso que a proposta da Sabesp vai diminuir o estrago de outros rios da região, como o sujo Pinheiros, que também deságua em nosso maior rio.
           Fazer com que o Tietê deixe de ser um esgoto a céu aberto não é tarefa fácil. Por ainda estar próximo da nascente, o trecho que corta a capital não corre com a mesma força, por exemplo, do Tâmisa, em Londres, o que dificulta a dispersão de poluentes. A ressurreição do Tâmisa, aliás, que já teve a morte decretada e hoje abriga 120 espécies de peixe, começou a tomar corpo nos anos 60. Levou duas décadas para ser concluída e custou mais de 1 bilhão de dólares. Ampliar a rede de tratamento de esgoto foi uma das estratégias adotadas. A seguir, especialistas ouvidos por VEJA SÃO PAULO apontam os desafios que precisam ser vencidos para que o Tietê - ainda que nunca se transforme no rio de águas cristalinas do início do século XX - deixe de ser uma vergonha. Somadas, as propostas custariam mais de 11 bilhões de reais aos cofres públicos.

1o Desafio: acabar com o mau cheiro
         Tratar todo o esgoto lançado em um rio é a primeira e mais importante etapa para torná-lo cristalino novamente. Nesse sentido, os resultados alcançados pelo projeto de limpeza do Tietê foram enormes. No começo dos anos 90, 63% dos dejetos da metrópole eram recolhidos, mas apenas 20% desse total passava por algum tratamento. Hoje, o índice de coleta de esgoto na Grande São Paulo subiu para 84% e o do tratamento, para 70%. Mesmo assim, o nível de oxigênio do Tietê na capital é próximo de zero (um rio saudável como o Sena, em Paris, que hoje abriga mais de trinta espécies de peixe, precisa ter pelo menos 8 miligramas de oxigênio por litro). O vilão é a total falta de tratamento do esgoto produzido por Guarulhos e cidades do Grande ABC. Elas ainda não se conectaram às estações de tratamento construídas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) por razões financeiras - assim que as prefeituras começarem a usar o sistema, terão de pagar por isso. ‘De nada adiantará tratar todo o esgoto da capital se os demais municípios da região não fizerem o mesmo’, explica Carlos Eduardo Carrela, superintendente de gestão de projetos especiais da Sabesp. Apesar disso, Carrela acredita que a conclusão da terceira etapa do projeto de despoluição, prevista para 2015, vai resolver ao menos o problema do mau cheiro das águas. ‘Nossa meta é coletar 87% do esgoto da região metropolitana e tratar 84% disso’, diz ele. ‘Será o suficiente para melhorar o odor do rio na cidade.’
Viabilidade: alta (especialistas afirmam que a atual fase do Projeto Tietê deve ser concluídano prazo).
Tempo mínimo necessário: 6 anos.
Custo: 2 bilhões de reais (valor estimado para a conclusão da terceira fase do Projeto Tietê).
2o Desafio: evitar novos transbordamentos
          Concluída em 2006, a ampliação da calha do Tietê diminuiu o risco de enchentes ao longo das marginais. Para aprofundar o leito do rio em 2,5 metros - antes havia trechos com apenas 50 centímetros -, foram retirados 7 milhões de metros cúbicos de pedra, lama e sujeira. ‘Cenas de motorista abandonando o carro para não ser tragado pelas águas ficaram no passado’, diz o engenheiro hidráulico Aluísio Pardo Canholi. ‘Mas o Tietê ainda é incapaz de dar vazão a temporais muito fortes e pode transbordar em alguns pontos.’ Foi o que ocorreu numa terça-feira no começo de setembro, quando caíram na cidade, entre 8 e 17 horas, 70 milímetros de água, volume altíssimo para essa época do ano. A construção de piscinões, principalmente nas regiões do Tamanduateí e do Aricanduva, é tida como a principal solução para o problema. Mas apenas 43 dos 100 reservatórios previstos no Plano Diretor de Macrodrenagem da Região Metropolitana estão prontos. Para evitar novas enchentes, o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (Daee) gasta por ano 30 milhões de reais para retirar 400 000 metros cúbicos de lixo do rio - 35% dessa sujeira é atribuída ao lamentável hábito de jogar lixo na rua. ‘Se a população não se conscientizar de seu papel na poluição dos rios, o problema das enchentes nunca terá fim’, afirma Ubirajara Tannuri Felix, superintendente do Daee.
Viabilidade: baixa (a construção de novos piscinões na Grande São Paulo anda a passos lentos).
Tempo mínimo necessário: 11 anos.
Custo: 1,1 bilhão de reais (valor estimado para a construção).
3o Desafio: acabar com a ocupação irregular das encostas
          Todos os dias, o Tietê recebe mais de 700 toneladas de esgoto, in natura, da capital e de municípios próximos, o suficiente para encher uma piscina olímpica. A falta de saneamento é a principal causa da aparência feia e escura dos rios que cortam a capital: 30% do que passa pelas tubulações da Sabesp volta para os rios sem tratamento algum e 16% do esgoto da região metropolitana ainda não é sequer coletado. A ampliação da rede coletora de esgoto depende, em grande medida, da retirada de favelas da beira de rios e córregos. Outro problema que precisa ser enfrentado é a ocupação irregular de áreas de mananciais - cerca de 2 milhões de pessoas vivem nessas regiões na Grande São Paulo. ‘É dificílimo coletar o esgoto dessas áreas sem desapropriar parte dos moradores’, explica Carlos Eduardo Carrela, da Sabesp. ‘Enquanto isso não é feito, o destino final de toda a sujeira continuam sendo o Tietê e o Pinheiros.’ A segunda fase da despoluição do Tietê reduziu o esgoto jogado na Represa Billings, o maior reservatório hídrico de São Paulo, ao redor do qual 700.000 pessoas vivem à margem da lei. ‘Foi uma conquista importante’, comemora Carrela. ‘Mas terá sido em vão se a prefeitura não impedir o surgimento de novas ocupaçõesirregulares.’
Viabilidade: baixa (além do investimento financeiro, a retirada de casas da beira dos rios tem um custo político com que poucos governantes estão dispostos a arcar).
Tempo mínimo necessário: 5 anos.
Custo: 1,7 bilhão de reais (valor estimado para a recuperação das várzeas do Tietê).
4o Desafio: impedir o lançamento de produtos químicos
        Um dos responsáveis pelo atual estado de nossos rios é o esgoto industrial. Em 1992, a Cetesb calculou que 1 250 empresas despejavam no Tietê 5 toneladas de resíduos químicos todos os dias. Hoje, o volume de lixo industrial lançado nas águas diminuiu para 307 quilos diários e o número de fábricas que funcionam às margens do rio baixou para 594. ‘Essas empresas são rotineiramente fiscalizadas para evitar novas contaminações’, explica Richard Hiroshi, engenheiro da Cetesb especializado em controle de poluição ambiental. ‘Mas lu Ribeiro, da SOS Mata Atlântica. ‘Mas, enquanto o problema do mau cheiro não for vencido, nenhuma empresa vai querer investir nesse tipo de transporte.’ Fora da capital, o Tietê - que tem 1 100 quilômetros de extensão, 800 dos quais navegáveis - é utilizado todos os anos para transportar 5 milhões de toneladas de carga. Pouco. Pelo Rio Reno, um dos maiores da Europa e também com 800 quilômetros navegáveis, são transportados cerca de 200 milhões de toneladas de carga por ano. Para aumentar o transporte fluvial em São Paulo, Bussinger estuda a criação de um hidroanel de 186 quilômetros interligando o Tietê a outros canais próximos. ‘Isso facilitaria muito o escoamento de mercadorias produzidas na cidade.’
Viabilidade: baixíssima (só dá para pensar em navegabilidade se todas as outras propostas forem colocadas em prática).
Tempo mínimo necessário: sem previsão.
Custo: 2 bilhões de reais (orçamento previsto para a criação do hidroanel).

           Esse texto mostra as relações de causa (os motivos, os porquês) e de conseqüência (os efeitos) do Rio Tiete até hoje não ter sido limpo mesmo depois de anos de tratamento. “Elaborada pela Sabesp, a atual estratégia de limpeza do Tietê, que já afundou 3 bilhões de reais em suas águas fétidas, começou em 1992, graças a um abaixoassinado de 1,2 milhão de pessoas capitaneado pela Rádio Eldorado e pela ONG SOS Mata Atlântica. Orçada em 2 bilhões de reais, a terceira e atual fase do plano está prometida para terminar em 2015. Consiste em ampliar o tratamento do esgoto na região metropolitana. Explica-se: toda a sujeira que é lançada nos córregos e rios da cidade e de municípios vizinhos vai parar em algum momento no Tietê. É por isso que a proposta da Sabesp vai diminuir o estrago de outros rios da região, como o sujo Pinheiros, que também deságua em nosso maior rio. Fazer com que o Tietê deixe de ser um esgoto a céu aberto não é tarefa fácil. Por ainda estar próximo da nascente, o trecho que corta a capital não corre com a mesma força, por exemplo, do Tâmisa, em Londres, o que dificulta a dispersão de poluentes. A ressurreição do Tâmisa, aliás, que já teve a morte decretada e hoje abriga 120 espécies de peixe, começou a tomar corpo nos anos 60. Levou duas décadas para ser concluída e custou mais de 1 bilhão de dólares. Ampliar a rede de tratamento de esgoto foi uma das estratégias adotadas. A seguir, especialistas ouvidos por VEJA SÃO PAULO apontam os desafios que precisam ser vencidos para que o Tietê - ainda que nunca se transforme no rio de águas cristalinas do início do século XX - deixe de ser uma vergonha. Somadas, as propostas custariam mais de 11 bilhões de reais aos cofres públicos.( 1o Desafio: acabar com o mau cheiro, 2o Desafio: evitar novos transbordamentos, 3o Desafio: acabar com a ocupação irregular das encostas e 4o Desafio: impedir o lançamento de produtos químicos.)” ou seja, não adianta gastar milhões de reais se as pessoas continuarem poluindo outras partes do Rio. Seria um processo feito em vão por ter um gasto desnecessário de dinheiro e tempo "perdido".



O Rio mais Poluído do País, Tietê é Também o mais Rico e Populoso

          Saiu uma reportagem no dia 22/10, no Estadão, sobre o rio Tietê, como nós sabemos é um dos mais poluído do País, a matéria fala também que ele é o mais rico e populoso também, segue o trecho da reportagem.

 
" JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO , LUCAS DE ABREU MAIA, RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo"
 
 
        "Comparado ao tamanho dos rios amazônicos, o Tietê é um regato. Nas estatísticas, porém, é uma catarata de superlativos. Estudo inédito do Estadão dados mostram que o Tietê e seus afluentes formam a bacia hidrográfica mais populosa, mais rica e mais poluída do Brasil. É também a de maior desenvolvimento humano do País."

 
Foto:Nilton Fukuda/Estadão
Barragem de Ponte Nova, em Salesópolis


           "A produção da bacia do Tietê soma R$ 1 trilhão por ano. A cada R$ 4 do PIB brasileiro em 2010, R$ 1 saiu do entorno do rio e de seus tributários. Às suas margens ou perto delas moram 30 milhões de pessoas, a maior população ribeirinha do País, com médias de 10,6 anos de estudo e 75,3 anos de vida.
           O Rio Tietê - cujo dia é comemorado hoje - nasce acima dos mil metros de altitude, nas encostas da Serra do Mar, em Salesópolis, a leste da capital. Corre 1.136 quilômetros para o interior, por 73 municípios paulistas. Deságua no Rio Paraná, entre Itapura e Castilhos, 300 metros acima do nível do mar. São apenas 740 metros de desnível da nascente à foz, ou 1 metro de declive a cada quilômetro e meio de percurso, em média.
           Mesmo assim, as quedas do Tietê são famosas desde antes dos bandeirantes. Uma das maiores cachoeiras era chamada pelos índios de utu-guaçu, ou salto grande. Acabou por batizar as cidades de Itu e Salto.
           Para fugir desse trecho inicial tortuoso e cheio de corredeiras, a navegação rio abaixo entre os séculos 18 e 19 começava em Araritaguaba, atual Porto Feliz, com destino às minas de ouro de Cuiabá. Por só poderem ser feitas em parte do ano, no período de cheia do rio, as expedições eram chamadas de monções - como as navegações portuguesas pelo Índico.
            As longas canoas eram escavadas em enormes troncos derrubados ao longo das margens do rio e seus afluentes, como o Piracicaba. Escavadas na madeira maciça, levavam mantimentos, ferramentas e escravos para as minas, e traziam ouro.
           Hoje, a hidrovia Tietê-Paraná percorre 2,6 mil quilômetros e transporta 6 milhões de toneladas de cargas anualmente, entre insumos e grãos. Um comboio de seis barcaças carregadas tira 210 carretas das estradas, gastando um quarto do combustível e emitindo um terço da quantidade de carbono.
           Na época das monções, as canoas demoravam semanas ou até meses para chegar ao Paraná. Entre outros motivos, porque tinham de ser carregadas por terra em varadouros como o do traiçoeiro salto do Avanhandava. O salto foi inundado nos anos 1980 pelo reservatório da usina de Nova Avanhandava.
           Nenhum acidente natural resiste no trecho entre Conchas e a foz. Foi construída mais de uma dezena de barragens ao longo do maior rio paulista, para aproveitamento hidrelétrico. Em seu curso, o Tietê gera até 2 mil megawatts de energia.
            Em Pereira Barreto, a cerca de 50 km da desembocadura, um canal desvia parte do Tietê para o Rio São José dos Dourados, que corre paralelo e na mesma direção. As águas canalizadas ao norte ajudam a girar as turbinas da hidrelétrica de Ilha Solteira, no Rio Paraná.
           Desenvolvimento. O rio foi determinante na fundação da maior cidade do hemisfério sul e na ocupação do território ao seu redor. Nas últimas décadas o desenvolvimento se estendeu do alto ao baixo Tietê.
           O IDH na sua bacia é 14% maior do que a média do Brasil. Porque a esperança de vida ao nascer é também mais alta: 75,3 anos. É bem diferente de 100 anos atrás, quando as margens e várzeas do Tietê eram evitadas pela população temerosa das enchentes e de doenças como a malária.
          Na educação, a expectativa de anos de estudo na bacia do rio é 11% maior do que a média brasileira (9,5 anos). A desigualdade de renda é menor do que no resto do País. O índice de Gini ao longo do Tietê varia de 0,33 a 0,67 (quanto mais próximo de 1, mais desigual), mas, na média, esse valor é de apenas 0,44 - ou 27% menor do que a média do Brasil.
          O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro ao rio. A qualidade de suas águas, cristalinas em Salesópolis, torna-se apenas "boa" em Biritiba-Mirim, "razoável" em Mogi das Cruzes e "ruim" em Itaquaquecetuba.
          Na confluência com o Rio Aricanduva, já em São Paulo, fica "péssima", e segue assim por mais 200 quilômetros, até o desemboque do Sorocaba, em Laranjal Paulista. A seguir vêm mais 130 quilômetros de água ruim. Ela só volta a ficar boa em Barra Bonita.
          A degradação se deve ao despejo de efluentes industriais e de 595 bilhões de litros de esgoto doméstico não tratado todo ano no rio - 40% do total do Brasil. Só a capital é responsável por jogar 750 milhões de litros de esgoto em estado puro no Tietê diariamente.
         Apesar disso, na maior parte de seu curso, o Tietê tem águas de boa qualidade. Em Araçatuba, ela vai parar nas torneiras. Em Penápolis, abriga clubes de pesca de pacus e tucunarés.
        Nos últimos 30 quilômetros antes de chegar à foz, no Rio Paraná, as águas do Tietê voltam a ter a mesma excelência dos primeiros 40 quilômetros de seu curso. Com pouca ajuda, o rio mais poluído do Brasil se recupera e termina tão limpo quanto começou."